segunda-feira, 11 de maio de 2009

Geraldão - uma saudade boa

Faz mais ou menos um mês que estive em Salvador para a reinauguração da Praça Geraldo Walter, bem em frente a minha agência. Impossível não voltar na memória e revisitar as boas lembranças que passei ao lado de um amigo, muito mais que um parceiro de trabalho, que se tornou uma das mais brilhantes expressões da propaganda brasileira. Geraldão, como todos o chamavam, era conhecido por seu entusiasmo e pela alegria que emanava, assim como por sua liderança, sua inquietação e sua criatividade. Tudo proporcionalmente grande como ele.
Lembro que ele apareceu no mercado publicitário como cliente, mas para mim e para muitos outros que já estavam no mercado há anos, foi fácil perceber que ele seria muito mais bem sucedido do lado de cá, criando campanhas e deixando sua marca na publicidade brasileira. E não deu outra. Com Geraldão nós, publicitários baianos, montamos um time de pessoas novas, de profissionais que queriam estudar a comunicação política e compreendê-la. Mas confesso que tudo aquilo também era um grande desafio para todos nós, pois surgia ali um novo segmento no mercado.
Nossa intenção era montar aquilo que talvez fosse o primeiro departamento de marketing político do Brasil. E Geraldão estava lá. Ele era peça fundamental naquele time. Pouco tempo depois ganhávamos o maior prêmio da propaganda brasileira, o Colunistas Nacional, com uma peça de cunho político, “A Bahia vai mudar”, elaborada para a campanha de Waldir Pires, considerada a campanha do ano. A partir de então o marketing político brasileiro nunca mais foi o mesmo. Por isso este orgulho e esta saudade que bate no peito de quem trabalhou ao lado de Geraldo Walter, o Geraldão.